Elizabeth Olsen concede entrevista à Backstage Magazine.

post por: admin 10.11.2021

Elizabeth Olsen recentemente realizou um ensaio fotográfico para a Backstage Magazine, além das fotos, a atriz concedeu uma entrevista onde ela falou sobre seu trabalho em WandaVision e muito mais, confira a entrevista traduzida e as fotos:
Como Elizabeth Olsen (finalmente) encontrou sua agência como atriz.

Crescer em Los Angeles pode transformar qualquer adolescente – até mesmo um amante de filme musical como Elizabeth Olsen – em um clichê entediante. “Eu costumava sentir que isso não era, tipo, um trabalho válido ser um ator”, ela admite. “Isso foi falho”. Ela sabia que tal opinião era apenas uma pose, mas veio para definir a maneira que ela olhou para performers durante muitos anos, antes de ela encontrar de volta seu amor de infância pelas artes. Uma década depois de estourar no drama indie de Sean Durkin “Martha Marcy May Marlene”, Olsen, que é mais conhecida, talvez, por interpretar Wanda Maximoff (também conhecida como Feiticeira Escarlate) no Universo Cinematográfico da Marvel, relembra aqueles começos cansativos e compartilha a horrível audição para “Game of Thrones”, a qual ela nunca vai esquecer.

– Como você obteve seu cartão SAG-AFTRA pela primeira vez?

E: Consegui quando era criança, porque fiz um comercial. Eu era jovem e passei por uma fase em que pensei se queria atuar enquanto criança, quando tinha 9 ou 10 anos. O que aconteceu foi que eu amava minhas atividades extracurriculares, e meu professor de balé disse que eu poderia estar no “Quebra-Nozes” naquele ano. E foi aquele “Quebra-Nozes” que eu nunca fiz, e foi porque estava perdendo muitos ensaios por conta das audições. O único trabalho que reservei foi este comercial. Não foi um comercial nacional, foi tipo, Detroit ou algo assim. Era para o controle dos pais na internet. Então, foi um comercial muito assustador, no qual eu estava no centro de Los Angeles, e como eu ainda não era uma atriz do SAG, eles puderam me usar por muitas horas, até tarde. Não muito, mas tarde. Havia todas essas pessoas vestidas de sem-teto, traficantes de drogas e prostitutas – nada disso seria legítimo hoje – e todos estão me agarrando. E eu estava vestida como uma margarida. Ninguém nunca encontrou este comercial para mim. Eu nunca vi isso! Mas foi assim que consegui meu cartão SAG.

– Qual é a atuação que todo ator deve ver e por quê?

E: Ah, há tantas. Acho que há dois filmes influentes que vi quando era criança. Um era “O Vento Levou”. Eu já vi tantas vezes. Eu amo. Eu sei que tivemos uma reação negativa, mas as performances! O desempenho de [Vivien Leigh] é simplesmente tudo – ela é tudo que uma mulher é. Ela é sedutora, vulnerável, irritada, tímida, manipuladora. Mas então ela é forte e definitiva, depois apologética… É um desempenho incrível. E então, Diane Keaton em “Annie Hall”. Sim, um filme de Woody Allen, que também não é o maior nome, mas é sobre Diane Keaton. Não é como se fosse uma atuação que todo mundo precisa ver, mas foi muito importante para mim ter visto isso quando criança, porque eu senti como se fosse uma versão de uma mulher que eu era. Tipo, eu acho que poderia ser aquela mulher! Porque eu estava vendo muitas mulheres ‘gostosas’, ou mães, ou angustiadas. E então, havia essa mulher que estava confiante e debatia com ele, mas ela também seria neurótica e se sentiria desconfortável em sua pele, mas também seria sexy e curiosa e defeituosa, mas hilária. Parecia algo, quando criança, olhar para protótipos de mulheres, foi muito importante para mim ter visto isso.

– Você tem uma história de terror em uma audição que queira compartilhar?

E: Eu digo, uma que eu tenho compartilhado foi para “Game of Thrones”, a qual já está em toda a internet, porque eu lembro de quando eu estava dando a entrevista. Foi uma experiência horrível de audição. Foi quando Daenerys, quando o corpo dela estava queimando e ela está falando com todas as pessoas, dizendo a eles que ela é sua líder. Eu estava no menor espaço de audição que você pode imaginar e o leitor estava tipo, [em um monótono] “Blá-blá-blá”. Era tão pequeno e então você está gritando; foi estranho. Eu amo audições e aquilo não foi divertido.

– Qual foi a coisa mais incrível que você já fez para conseguir um trabalho?

E: Eu não acho que eu faça coisas incríveis para conseguir trabalhos. Eu digo, eu escrevo cartas para as pessoas. Aqueles que são importantes pra mim. Se alguém não me vê por um lado e eu realmente quero, escreverei uma carta. E então eu vou à audição e mesmo assim não consigo o papel, porque eles estão certos que não me querem, mas eu me permito estar nessa posição de vulnerabilidade e fazer isso. Mas, pra mim, isso não é loucura, é apenas, pressa.

– Qual conselho você daria pra sua versão mais nova?

E: Para confiar nos seus impulsos e que opiniões são permitidas pra ser faladas. Eu acho que quando eu comecei a trabalhar – por causa do treinamento de atuação que eu tive no “Atlantic Theater Company”, porque foi criada pelo David Mamet, eles realmente fazem você sentir que existe todo tipo de merda que acontece antes dos atores entrarem e todas essas coisas que acontecem depois que os atores estão lá. Tipo, você é uma peça de quebra-cabeça. Eles meio que, de um modo bom, humilham você. Mas eles meio que tiram sua agência e seu poder de contribuir. Então, eu acho que eu levei muito para o pessoal. Quando eu estava numa posição com designs de figurino, por exemplo, eu estava tipo “Oh, você fez isso antes. Eu nunca tinha realmente feito isso antes, você sabe melhor que eu” – quando eu conhecia o personagem melhor e eu não gostava do que estava vestindo. Coisas tipo isso. E eu vejo atrizes jovens que estão no final da adolescência ou algo do tipo que se parecem autênticas consigo mesmas. Eu estou tão impressionada, porque eu tinha medo aos 21 de dizer “Oh, isso não é como uma garota que vai pra Colômbia se vestiria, porque eu vou pra NYU e eu não pareço nada com essa pessoa, e eu estou no papel dela”, sabe? Então isso foi uma grande parte do meu processo de aprendizado: encontrar minha voz na criação do personagem.

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